domingo, 13 de dezembro de 2009

Dormindo com o inimigo no Ano Novo

Esta semana, no feriado do dia 8, resolvi fazer a famosa faxina de final de ano no guarda roupa.
Entrei no quarto como quem dá início a um grande ritual de desapropriação. Mas, não uma desapropriação forçada, mas, aquela perfeitamente consciente do momento, da necessidade do desapego daquilo que está ocupando lugar sem nenhuma utilidade. Decidida, de posse de várias caixinhas organizadoras, novos cabides e várias sacolas para separar as peças das quais iria me desfazer, iniciei o trabalho. Tudo muito bem pensado: o que serviria para alguém mais próximo ainda usar, o que deveria ser doado, o que poderia ser transformado ( tentativa de evitar o desperdídio e manter o mínimo de cuidado ambiental) e, finalmente, o que não daria mais para aproveitar e o destino seria mesmo o lixo.
Pessoal, a tarefa foi árdua, não que eu seja nuito apegada aos bens materiais, no entanto, aquelas coisinhas que, para os outros, podem parecer insignificantes, são as que dão mais trabalho para nos desfazermos. Aquela caixinha dada por uma amiga há séculos, já quase sem cor, aquele cartão que te emocionou ao receber, uma caixa de óculos velha e quebrada, mas, que pertenceu ao meu pai...essas são peças difíceis da gente se desapegar. No entanto, foi para mim um exercício para o desapego material, uma oportunidade de reflexão para a real representatividade desses objetos, que, na verdade, já estão bem guardados no meu cantinho da saudade e, lá, eles não ocupam um lugar no mundo físico e sim, no mundo afetivo.
No final da arrumação, meu guarda roupa dava gosto de ver. Tudo organizadinho, cada caixinha cheia de outras caixinhas, os cabides organizados pela cor, começando pelas roupas claras, como aconselha a especialista "Constança Pascolato". Cada vez que abro o guarda roupa tenho a sensação de que estou "dormindo com o inimigo", lembrando o filme que tinha este nome. Um casal cujo marido era maníaco por arrumação e todos os armários da casa eram criteriosamente organizados,por tamanhos, cores, formas, mas, neste caso, tratava-se de doença. Entretanto, vou confessar, a arrumação ficou tão bem feita que estou quase "dormindo com o inimigo". Todavia, tenho certeza que será por muito pouco tempo. Daqui há alguns dias, o guarda roupa já estará certamente com os cabides fora de ordem, as caixinhas fora do lugar e, eu, bem apressada procurando algo que não sei onde foi parar. Ainda bem!! Ano que vem arrumo tudo de novo.

sábado, 12 de dezembro de 2009



Chegou o Natal!


Já é quase natal. Estou aqui preparando mensagem para confraternização com amigas. Não está sendo muito fácil fazê-la em meio ao momento nostálgico que a data me remete. Por ser uma data de encontro familiar, as perdas de pessoas queridas deixam espaços insubstituíveis, que parecem deixar turvas as luzes do Natal. Armei o meu pequeno presépio, coloquei na porta o lindo anjo que Magadã me presenteou há dois anos,mas, parece faltar alguma coisa que por mais que eu procure, não vou encontrar porque está lá num cantinho escondido recheado de saudade. Entretanto, é natal, está no calendário, não tem como negar. Em poucos dias estaremos celebrando a presença de Jesus entre nós. Este ano, Lúcia, Márcia e Ana Luíza se juntarão a nós nesta celebração. Que bom!!!


sábado, 21 de novembro de 2009

As ruas estão cor de rosa





Observei esta semana, no caminho para o trabalho, nas calçadas e nas ruas, um tapete rosa. Que visão maravilhosa! Um tom de rosa lindo que só mesmo a natureza para pintá-lo. Lembrei-me que era novembro, tempo da florada dos jambeiros, anunciando a breve chegada de saborosos jambos. Esta visão me trouxe uma lembrança muito boa de um prédio onde morei com minha família em Piedade. Bem na entrada do prédio, ao lado do pequeno jardim, havia um lindo jambeiro que, durante o ano ninguém nem notava sua presença, mas, na época da florada, o chão ficava rosinha e da varanda do nosso apartamento tínhamos exatamente esta visão. Me deu uma saudade nostálgica... Não sei se já perceberam que, o jambeiro é uma árvore com uma folhagem verde muito fechada, a gente quase não percebe as flores, talvez seja por isso que elas promovem este "verdadeiro espetáculo" para que a gente olhe e agradeça não só pelo tapete natural ,mas também, pelo seu delicioso fruto. Como passo todos os dias pelo mesmo lugar, não resisti e registrei em foto. Olha lá! A rua toda rosa!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Por que gosto de Noel?

Ontem assisti um documentário sobre Noel Rosa que , se fosse vivo, completaria 100 anos em 2010. Noel era de família de classe média carioca. Estudou num dos melhores colégios do Rio de Janeiro( São Bento) , mas, sua vocação era mesmo a boemia de Vila Isabel. Tinha um perfil inconfundível em razão de um afundamento da mandíbula no momento do parto. Era compositor, sambista e cantor , tocava violão e bandolim. Boêmio, fumante, amante da noite, da bebida e das mulheres, morreu aos 26 anos, vítima de tuberculose deixando inúmeras canções lembradas até hoje. Mas, que tem Noel a ver comigo se, quando morreu, eu nem pensava em existir? Talvez dois motivos expliquem o meu encanto pelas suas canções. O primeiro, ter crescido ouvindo minha mãe cantar "Linda pequena, morena , da cor de Madalena..." " Um Pierrô apaixonado que vivia só cantando...." "Nosso amor que eu não esqueço e que teve o seu começo numa festa de são João..."" Quem é você que não sabe o que diz? Meu Deus do céu que palpite infeliz... o segundo, quem sabe, por ser carioca e trazer lembranças inconscientes de um Rio que eu não vivi. Salve Noel!

Por que gosto de Noel?

domingo, 8 de novembro de 2009

almoço em agosto

Ontem, minha idéia era passar o dia em Porto de Galinhas, na fliporto,mas, por reconhecer minha inabilidade espacial, não me senti segura, sem uma companhia confiável neste sentido. Diante da programação frustrada, à noite, resolvi pegar uma sessão de cinema próxima de casa deixando minha mãe idosa sozinha que, como sempre, não quer sair. Li a sinopse não muito esclarecedora, mas, frente às opções, achei que esta seria a melhor. Não me arrependi. O filme do ponto de vista da produção, fotografia, cenário é bastante pobre, parece despretensioso quanto a tudo isto, no entanto, toca num tema atualíssimo na sociedade atual, a dificuldade de ter quem cuide dos nossos queridos familiares da "boa idade". Um homem na faixa dos 50, mora com sua mãe idosa, apesar de bastante lúcida e vaidosa, capaz de arrancar boas risadas do público, em condições financeiras difíceis por não poder deixá-la sozinha. Na minha percepção o personagem, ainda jovem e bem disposto, parecia aceitar muito passivamente a impossibilidade de trabalhar com a desculpa de que a mãe não poderia ficar só. Mas, na realidade, o autor preferiu focar na questão da dificuldade das pessoas de modo geral em manter seus velhos em condições dignas de cuidados, mesmo que , para isso, às vezes se faz necessário lançar mão de meios um tanto questionáveis, todavia, nada que possa ser tão incriminador. Resumindo, o personagem principal em razão de suas dificuldades finaceiras, se envolve em cuidar de 4 idosas durante o feriado. Seu apartamento de repente se torna uma casa de repouso, com direito a refeições preparadas com requinte acompanhadas do bom vinho italiano, horários para medicações, cuidados com dietas especiais, administração de pequenas birras típicas da faixa etária etc...etc.... Vale a pena assistir, garanto que darão boas risadas e, o mais importante, poderão refletir sobre o que será de todos os nossos idosos e de nós quando estivermos na tão famosa "boa idade".

sábado, 24 de outubro de 2009

as diferentes gentes

Sempre penso sobre as diferenças entre as pessoas. Em alguns momentos, vou confessar, seria bem cômodo que todos fossem iguais, pensassem do mesmo jeitinho que a gente. Pouparia o estresse da discussão, da divisão, da argumentação e contra-argumentação, mas, pensando bem, seria muito chatinho todo mundo pensando igualzinho, não haveria espaço para nos renovarmos, aprendermos coisas novas, exercitarmos a discordância, a argumentação que são tão saudáveis na convivência humana. Existem situações em que esta prática é um pouco mais árdua porque somos criaturas naturalmente narcísicas, algumas pessoas são mais resistentes, ficam trombudas assim como as crianças quando suas vontades não foram satisfeitas, mas quem foi que disse que perdemos nossa "porção criança" com a maturidade? Recentemente, tive oportunidade de observar isso numa situação de viagem. Eu, minhas 2 irmãs e uma amiga de uma delas resolvemos fazer ma viagem juntas. Combinamos o período e o destino. Minha irmã mais nova que, como sempre, toma à frente de tudo, resolveu junto com a amiga todo o resto. Eu só cumpria as solicitações:prepara passaporte, paga isso, paga aquilo, tira visto...De repente, o grupo que era de 4 pessoas, passou a ser de 6. A amiga da minha irmã levou uma amiga e minha irmã também convidou uma amiga. Como já falei, eu só cumpria orientações tanto que, somente na hora de embarcar, tomei conhecimento do hotel, da programação de cada dia, dos lugares que iríamos etc....etc...etc...Parecia que tudo seria tranquilo, somente 6 pessoas, quase todas bem conhecidas, no entanto, quando se trata de conviver intensamente com 6 pessoas durante 7 dias, surge a famosa questão das diferenças. É claro que, na maioria das vezes, chegamos num acordo rapidamente, mas é incontrolável, para alguns, tudo é motivo de discussão, os atrasos na saída, a demora nas fotos, o jeito de tirar foto, o lugar no carro, o ar condicionado muito frio, sempre uma queixa de leve "ninguém me espera"..., Um momento de estresse foi quando decidimos dividir o grupo numa determinada programação, para maioria tudo bem, isso faz parte, para uma, é falta de união....Enfim, gentes diferentes são assim. No final dá tudo certo e isso é que é o bom!
Jô 24 /10/09

sábado, 17 de outubro de 2009

Cosquinha nas ideias



Estou aqui hoje, num sábado de manhã,com meu amigo Thiago, expert em tecnologias, tentando criar o meu tão desejado blog. Me pareceu simples, mas, agora vamos ver como vou me virar sozinha.